domingo, 13 de abril de 2008

Talvez um fogo de palha.

O que acontece é que, numa tediosa madrugada de sábado pra domindo, entre 3 e 4 horas da manhã, me deu uma súbita vontade de fazer um blog, embora não creio que minha habilidade com palavras seja tão grandiosa a ponto de postar coisas que um grande número de pessoas se interessem a ler. Quem sabe essa solidão e, de certa forma, essa melancolia (não gosto dessa palavra, pois não tem muito a ver comigo e, quando tem, eu não a deixo transparecer de jeito nenhum) tenha me causado vontade de conversar, falar sobre coisas que vêm de mim e, como não tenho ninguém no momento, achei que o blog seria a forma mais fácil de "desabafo". O título "talvez um fogo de palha" refere-se a que, provavelmente, as postagens não sejam freqüentes e isso tudo seja só uma questão de tempo. Pelo menos, eu espero que seja. Referi-me antes a "desabafo" e, cá estou eu sem saber o que desabafar agora. Talvez até saiba, mas essa mania de esconder-me de mim mesma não deixa que eu seja extremamente transparente no atual momento. Quem sabe escrevendo, eu perca essa timidez que quase ninguém conhece, que é só minha, e consiga expressar o que eu sinta, aliviando-me de um peso que sempre carrego comigo dividindo-o com alguém. Mas, como me faltam palavras para tal tarefa, expressarei-me através da música, da letra de uma música de um dos maiores escritores que a Terra teve o prazer de contemplar: Renato Russo.

"Sempre precisei de um pouco de atenção
Acho que não sei quem sou, só sei do que não gosto
E nesses dias tão estranhos, fica a poeira se escondendo pelos cantos
Esse é o nosso mundo, o que é demais nunca é o bastante
E a primeira vez é sempre a última chance
Ninguém vê onde chegamos. Os assassinos estão livres, nós não estamos

Vamos sair, mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas
Vamos lá, tudo bem. Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite, ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia, comparamos nossas vidas
Esperamos que um dia nossas vidas possam se encontrar

Quando me vi tendo de viver comigo apenas e com o mundo
Você me veio como um sonho bom
E me assustei, não sou perfeito
E não esqueço a riqueza que nós temos, ninguém consegue perceber
E de pensar nisso tudo, eu, homem feito, tive medo e não consegui dormir

Vamos sair, mas não temos mais dinheiro
Os meus amigos todos estão procurando emprego
Voltamos a viver como há dez anos atrás
E a cada hora que passa, envelhecemos dez semanas
Vamos lá, tudo bem. Eu só quero me divertir
Esquecer dessa noite, ter um lugar legal pra ir
Já entregamos o alvo e a artilharia, comparamos nossas vidas
E, mesmo assim, não tenho pena de ninguém."

3 comentários:

Camila disse...

bah eu nao uso o blog pra escrever desabafos mas tb para escrever textos, e sabe aqueles textos lindos que tu ja fez tantas vezes pra por no perfil do orkut, talvez seja esta a hra de faze-los para por no blog, um desabafo real mas de um jeito marta medeiros de ser compreende?
sim eu ensino a mecher eh tri facil!
mto facil!
extraordinariamente facil!

beijaoooo

(Penso, Logo Escrevo...) disse...

Oi Gabi,

Gostei do seu texto.
Ele me fez pensar em algumas coisas que tinha esquecido...
Continue escrevendo...
abraços!!!!

Clara del Valle disse...

te asseguro que escolheu o canal perfeito: escrever nos conecta c/ um pedaço da gente mesma que acabamos negligenciando muito, sabe? Meu rascunho nasceu assim...rs

Na verdade escrevemos pelo mesmo motivo, que atende por vários nomes: febre de sentir!

Bem vinda a blogfera!

 


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